sábado, 27 de fevereiro de 2016

Tranquila, mas pouco...

Tranquila, eu?
Nada mesmo, nada...
Coloco a máscara de acalmia em dias de tempestade,
Aparento o sossego de quem não se rebela,
Mas por dentro... oh, por dentro...
Um rol de emoções percorrem-me o ser.
Uma excitação descontrolada pelo homem que desejo,
Uma vontade imensa de cometer loucuras,
De sair de mim e ser feliz,
De dizer o que sinto e penso, sem pudores...
De me entregar ao prazer imenso de ter em mim quem desejo...
De abrir os lábios apenas para beijar e ser beijada...
De me perder nos braços dele e sentir o seu corpo no meu...
De explodir de prazer em conjunto...
De partilhar cada pedaço do meu corpo junto ao dele...
De tocar no seu corpo e ser tocada com desejo...
De estremecer com as suas carícias...
Tranquila... eu...
Pois claro que sim...
Uma tranquilidade aparente que cobre com manto de acalmia um imenso turbilhão.
Um turbilhão de vontades, de desejos, de emoções...
Mas oculto e finjo calma.
Coloco a máscara do falso pudor
E oculto o calor imenso que me percorre,
O tremer das pernas pela simples imaginação...
Nem o morder de lábios transpareço...
O rubor da minha face disfarço...
E no final, a tranquilidade transparece.
Sou novamente uma Senhora, tranquila e serena,
Que esconde a loucura do prazer que tanto desejo...
Tranquila, eu? Claro que sim....

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