sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Saudade

Palavra tão doce, porém de travo amargo...
Sinto saudades do que não chegámos a ser,
Das palavras que não dissemos,
Dos beijos que não demos.
Sinto saudades de ti,
Do teu sorriso,
Do teu olhar... esse brilho no olhar...
Sinto saudades do teu corpo,
De te ter em mim,
De me entregar a ti...
Saudade, que palavra tão cruel.
Encerra memórias maravilhosas,
Combinadas com futuro incerto,
Passado que não me deixou,
No presente sem ti.
Resta-me a saudade, a saudade de ti...
Saudade de ter esperança,
De acreditar que ficaríamos juntos,
De pensar que podíamos ser um...
Saudade dos momentos a dois.
Saudade de esperar algo que vinha,
Mas nada mais vem... apenas a saudade ficou...
Saudade, apenas resta a saudade.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Amor sem fim

Queria esquecer, 
Não lembrar os teus olhos, o teu sorriso,
As tuas mãos tocando-me suavemente,
O teu corpo sobre o meu,
Não lembrar o prazer de te ter em mim,
Os risos de alegria e serenidade,
As noites dormidas junto à ti...
Queria esquecer que te amo.
Esquecer que um dia acreditei,
Um dia pensei que ficaríamos juntos,
Nós, os nossos filhos, a tua cadela...
Seríamos um, apenas uma família,
Um projecto, um sonho...
Desvaneceu o sonho,
Mas não o amor...
Este amor sem fim, por ti, 
Por tudo o que não fomos...
Queria esquecer este amor,
Este amor sem fim...

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Deixa-me ir

Não me queres, mas queres-me...
Dizes-me: segue o teu caminho,
Porém estás à minha espera na próxima esquina.
Pedes que te esqueça, 
Lembrando-me de ti a cada segundo.
Não me queres ter, mas não aceitas perder-me...
Afastas-me com palavras secas,
Aproximas-te com atitudes confusas...
Depois de um singelo Adeus meu,
Uma música para que nunca me esqueça de ti.
Palavras amargas que me cortam,
Adocicadas por conversas longas e sem fôlego.
Não me queres, mas não me deixas ir...
Acenas-me com uma despedida,
Enquanto me estendes a mão para teu lado.
Às minhas lágrimas, respondes com sorrisos,
Ao meu desespero com acalmia...
Não me queres, mas sempre me quiseste....
E hoje, cansada, te peço: 
Deixa-me ir.
Não me queres... fica em ti, 
Deixa-me partir, 
A menos que me queiras....

domingo, 13 de novembro de 2016

Não sou eu

Eu, não sou mais eu...
Desde o dia em que percebi que te perdi.
Que senti que não voltaríamos a sorrir juntos,
Não voltaria a sentir a tua boca na minha,
Não sentiria mais o calor dos teus beijos.
Não sou mais eu,
Desde o dia em que não me vi no teu olhar,
Em que não te toquei,
Não me tocaste.
Não sou mais eu,
Desde o dia em que te senti em mim uma última vez,
Em que senti, ao afastar-me, que me despedia...
Não sou mais eu... 
Desde o dia em que me afastaste...
Em que me disseste: segue o teu caminho.
Eu, não sou mais eu...
Porque te amo, mas não te tenho...
Voltarei a ser eu...? 
Sem ti, não fará sentido.
Porque eu, não sou mais eu,
Desde o dia em que te perdi.

domingo, 21 de agosto de 2016

Sou luz

A tristeza não me satisfaz,
Preciso de um sorriso no rosto,
A alegria de um novo dia,
A certeza de estar feliz!
Acordar e sorrir ao Sol,
Mesmo em dia de pouco Luz,
Não serão umas nuvens desalmadas,
Que me tirarão o soalheiro sorriso.
Dizer bom dia feliz,
Sorrir a quem passa,
Olhos abertos de alegria,
E um abrir de braços ao mundo...

Sou cor, 
Encho a minha vida de arco-íris,
Amarelo prefiro aberto,
Seguido de um laranja divertido,
E colmatado com um vermelho vivo...
Também adoro o azul, desde que brilhante,
O mesmo com o verde que me trará a esperança...
Preto, castanho ou cinzento não me apraz,
Mas o branco é sempre luz...

Sou luz, alegria e vida...
Carrego no peito a dor,
Mas brilho no escuro silêncio...
Trago em mim a luminosidade de um novo dia,
A claridade de uma noite de lua cheia,
O brilho das estrelas cintilantes
E a alegria do sorriso de uma criança...

Sou luz, sou alegria,
Sou cor, sou felicidade,
Sou amor e vida...
Mas não me dou a todos,
Só a quem o seja também! 

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Posso?

Queria entrar de mansinho,
Pedir permissão com cuidado,
Com um sorriso envergonhado,
Um olhar ternurento,
Um coração acanhado,
E um sussurro preso na garganta...

Queria entrar com emoção,
Pedir permissão com ansiedade,
Com um sorriso malandro,
Um olhar de desejo,
Um coração desenfreado,
E com voz desembargada perguntar:

Posso entrar no teu coração?

Amor

Acordei com a certeza de que te amo...
Não com ansiedade ou inquietude,
Apenas a certeza de que hoje te amo...
E de que te amarei mais amanhã,
Como te amo hoje mais que ontem...

A paixão ainda assombra o meu dia,
A vontade de te ter em mim,
De sentir o teu toque na minha pele.
A ânsia pelos teus beijos,
O desejo dos nossos corpos entrelaçados,
O prazer com que nos entregamos...
Um ao outro...
Sem pressa,
Sem urgência,
Até nos deleitarmos em clímax...

Sim, a paixão permanece no meu ser...
Mas o amor... 
Esse veio de mansinho...
Encontrou abrigo no meu coração...
Tomou conta do meu ser...
E agora sei que te amo...
Mais que ontem...
E um pouco menos que amanhã...