sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Noite

Está tudo tão tranquilo... Demasiado tranquilo, esta noite.
Só eu estou inquieta com saudades tuas.
Estou presente mas ausente no pensamento.
Estou longe de mim, num limbo de sentimentos, num mar de sensações
Sei-te mais perto.
A tua distância física encurtou mas a distância continua.
Não estás comigo, não sei de ti e não sabes de mim
Finjo que não te quero, ignoro a tua presença
Olho para o lado para não te ver, mas quando desvias o olhar sigo-te
Vejo o que fazes, sei o que dizes, mas ignoro
Finjo desinteresse quando te queria dizer que tenho saudades.
Sigo os teus passos, leio o que escreves, vejo as tuas imagens, mas ignoro...
É noite, está tudo tranquilo, menos eu que estou inquieta.
Não te posso chamar, o meu orgulho não deixa.
Porque não o faço?
Porque o faria?
Se tudo o que sinto de ti neste momento me causa inquietação.
Ciúmes,
Insegurança,
Medo... Medo de não te ter, mas medo de te ter.
Medo de não ser amada, mas medo de ser amada.
Medo que não me queiras, mas tanto medo que me queiras como te quero.
É noite, está tranquilo à minha volta.
Não há sons. Não há luzes. Não há nada, nem ninguém.
Apenas eu, inquieta, por te querer e por ter medo de tanto te querer.
Tenho saudades tuas, mas tu não sabes
Sei que estás acordado,
Sei que se calhar já pensaste em mim,
Sei que talvez tenhas procurado um gesto meu, uma palavra minha,
Mas é de noite, eu estou inquieta, e tu não estás aqui.

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